"O quê? Me cortaram? Noffa, estou beeegeeee! Uó"Depois de Halloween - O Início ter sido retalhado pela PlayArte em atos grotescos que não víamos nos cinemas desde a década de 80, outro filme chegará às telonas brasileiras com uma versão diferente da exibida nos EUA. A vítima agora é a comédia subversiva Brüno, primeiro filme de Sacha Baron Cohen desde o sucesso de Borat.
Mas o caso não é tão sério para protestos nas ruas.
O próprio Sacha editou algumas cenas para lançar o filme na Austrália e pediu para o estúdio fazer o mesmo no Brasil.
Brüno, a nova versão, será exibida amanhã para os jornalistas daqui. Mas adianto que a mudança não é drástica em relação à mostrada há um mês - essa, sim, igual a americana.
O que muda, de primeira, é o início da produção. A cena de sodomia entre Brüno e seu assistente, o grotesco Diesel, foi diminuída em alguns segundos. Sinceramente, não perdemos nada. Apesar do longa ser incrível, a sequência encenada com Diesel não se encaixa no resto da obra e alguns segundos a menos chega a ser pouco.
A segunda mudança é um pouco mais notável, mas nada chocante. Em uma cena de swing entre casais, Brüno está na cama, comendo um sanduíche, e oferece o lanche para o pessoal na diversão.
No total, menos de um minuto de cortes. E orquestrado pelo criador.
As melhores cenas estão lá: o sexo oral espiritual, Paula Abdul sentada nos mexicanos, a conversa em volta da fogueira, a sadomasoquista castigando Brüno, a passagem pelo Oriente Médio e o fim musical.
Mas Brüno foi cortado nos EUA também. Retiraram uma sacanagem com La Toya Jackson (e, por consequência, Michael Jackson), depois da morte do astro do pop. Os jornalistas americanos ainda conseguiram ver a versão inteira. Acontece.
Um comentário:
Valeu por avisar os spoilers.
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