Todo mundo conhece a máquina de política social e musical de Bono e do U2. Mas poucos conhecem a máquina de marketing do U2 a fundo. Isso porque a banda é mais ou menos como uma maçonaria. Eles pedem fidelidade em troca de fidelidade. Quando alguém bate de frente, a coisa fica feia e os santos se tornam demônios, liderados pelo empresário Paul McGuinness.
Seria por isso que a notícia sobre as dificuldades do musical Homem-Aranha, na Broadway, não se espalhou como um incêndio em Los Angeles? Desde o dia 10 de agosto, os trabalhadores da equipe técnica de Spider-Man - Turn Off the Dark, escrito por Bono e The Edge, estão completamente parados. A razão é que a produtora Hello Entertainment, um dos alicerces da obra, está enfrentando um "inesperado problema de fluxo financeiro" - tradução de "custos altíssimos" e "vendas de ingressos abaixo do esperado". Os assessores da Hello afirmaram que esforços estão sendo feitos para retomar o trabalho no espetáculo e que "as atividades retornarão no futuro próximo."
Mas a coisa não está tão fácil assim...
Perto de completar um mês de braços cruzados, os designers e técnicos de palco souberam hoje (2 de setembro) que o financiamento para a peça ainda não foi totalmente retomado e que o próprio Bono estaria fazendo lobby com amigos poderosos para arrumar dinheiro para a produção de Julie Taymor (O Rei Leão). Se o líder do U2 conseguir convencer o pessoal (Bill Gates, Paul Allen, Steve Jobs são parceiros próximos) a liberar a verba, o musical estreia no dia 25 de fevereiro de 2010. E aposto que ninguém se lembrará de todo esse imbróglio.
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