terça-feira, 19 de maio de 2009

Juliet, Naked: Novo Livro de Nick Hornby


Nick Hornby lança seu novo livro, Juliet, Naked, no final de setembro. Nesta semana, ele divulgou as capas (americana e inglesa, mas escolhi a americana para ilustrar o post, bem mais legal) e a sinopse (leia abaixo). Quem não consegue esperar (eu) pela versão brasileira (geralmente meio perdida na tradução) pode (pré) encomendar na Amazon. Nick Hornby é o seguinte, mano: assim como Hunther Thompson, mudou a literatura pop, porém ao custo de gerar zilhões de panacas que acreditam ser melhores que os originais.

Nick Hornby deu cria a escritores que jogam referências pop nos textos e saem para o abraço, achando que o gol é apenas se colocar bem na área. Bem, não é. Mas não é culpa do grande Nicky (ehehe), né? Seria como culpar o Led Zeppelin pelo Poison, culpar o Pearl Jam pelo Creed, culpar o Nirvana pelo Stone Temple Pilots, culpar o Beastie Boys pelo Vanilla Ice, culpar o U2 pelo Simple Minds, culpar o Los Hermanos pela Mallu Magalhães... Bem, esses vocês podem culpar. rs

O status de endeusamento de Hornby atrapalha julgamentos e atrapalha o próprio escritor. Por exemplo, Slam, última obra do inglês, é um livro extremamente superficial e falso. Forçado na linguagem e bobo em sua conclusão. Consegue até ser pior que Como Ser Legal, porque esse tem a desculpa de ser o primeiro do autor logo depois da fama hollywoodiana e lida com o assunto do filho autista. É uma espécie de auto-ajuda em forma de texto; um texto que tenta colocar um pouco de magia surreal como um nada delicado pedido de ajuda divina. Uma Longa Queda é um Hornby mais maduro como escritor, porém longe do humor e referencial de Alta Fidelidade e Um Grande Garoto.

Mas chega de pseudo-conclusões. A sinopse está aí abaixo. Rusticamente adaptada da versão em inglês da editora inglesa do livro.

Annie ama Duncan - ou acha que ama. Duncan ama Annie, mas de repente, não mais. Duncan ama, de verdade, Tucker Crowe, um compositor eremita meio Dylanesco que parou de fazer música há dez anos. Annie pára de amar Duncan e começa a construir a própria vida. Fazendo isso, ela começa a se corresponder via e-mail com Tucker, e uma conexão é forjada entre duas pessoas solitárias que estão procurando algo além do que possuem. Tucker está definhando (e ele tem consciência disso ao ponto de irritar), morando na zona rural de Pennsylvania com sua única esperança de rendenção no meio de uma vida de ruínas emocionais e artísticas - seu filho, Jackson. Mas há também um novo material que ele está prestes a lançar : uma versão acústica de sua obra prima, o disco Juliet, a ser intitulada Juliet, Naked.

O que acontece quando um músico esgotado procura uma nova chance? E, a milhas de distância, uma mulher sem filhos procura por uma mudança? Juliet, Naked é um livro poderoso e humildemente bem humorado sobre música, amor, solidão e a luta para manter promessas feitas para outras pessoas.


Juliet, Naked, pelo visto, marca o retorno do britânico ao seu campo de atuação: a música. É bastante comum que Nick tenha se desviado do lugar comum, para provar para os críticos - e para si mesmo - que poderia ser um escritor sem a muleta que criou nos anos 90. Talvez não tenha sido tão bem sucedido quanto no início de carreira, mas foi um respiro necessário. A nova obra talvez retome a energia pop perdida e equilibre com sua prosa desenvolvida nestes anos. Leia um trecho do livro.

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