sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Muse no templo MPB...

Curti e não curti o HSBC Hall. Explico. Ontem fomos pro Muse – eu e as Garianis – lá no ex-Tom Brasil. Eu sabia que algo chamado Tom Brasil não podia prestar para um show de rock do tamanho do Muse, mas fazer o quê? Chegando lá de TX, tranqüilidade total. Ingressos baratões nos amigos cambistas (amigos sim, porque paguei na FNAC a bagatela de 162 reais, ingresso + taxa de conveniência!! Então, para o inferno com os meios oficiais) e entrada na mó paz.

Chegamos no saguão principal cerca de 5 minutos antes do Muse subir ao palco para tocar “Knights Of Cyrdonia”. Lotadaço. O problema é que o HSBC é feito para MPB. O chão nivelado não presta, o palco é baixo e o som estava maravilhosamente equalizado, mas baixo (faltando caixas de som). Não tive tempo de verificar a demanda alcoólica (o pior, estava de táxi), mas tudo bem. O show foi uma versão miniatura do que vi no Rock Werchter, em Leuven (Bélgica), ano passado, ainda com um telão passando vídeos bacaninhas, bolas gigantes na platéia e explosão de gelo seco.

A legal é que a banda toca para 4 mil pessoas da mesma forma que toca para 80 mil. Matt Bellamy é um monstro na guitarra e tem carisma de sobra. O set list só teve uma ausência sentida em relação ao megashow na Bélgica: “Exo-Politics”. Mas o público já estava “loshermanaizados”, cantando tudo e achando tudo lindo. Tinha um Zé Ruela do lado que, antes de toda música, ele falava pro amigo: “Olha, agora é ‘Time Is Running Out’. Você vai ver!”. Errou quatro vezes e não cantava nenhuma outra. Em compensação, tinha um nerdinho de uns 16 anos que não parava de pular nem quando Bellamy trocava de instrumento. Tá certo!

Engraçado, ainda acho que o Muse não atingiu todo o potencial. Eles ainda serão descobertos por Hollywood e vão destruir hotéis, pode anotar. “Invincible”, por exemplo, ainda vai abrir a adaptação do gibi de Robert Kirkman. Aí, não terá mais graça. Mas pouco show no Brasil terá a mesma graça que esse em 2008.


PS - Sim, sou terrível fotógrafo e a máquina é um lixo!

Nenhum comentário: